Recolho sempre um enorme prazer das caçadas que faço com o meu amigo Cremildo Marques, residente no Pico, e o encerramento ali, naquela bonita Ilha, da presente época de caça à galinhola, não foi excepção.
A componente social, como sempre, foi extraordinária e englobou, inclusivamente, uma matança de porco na Manhenha, na casa do nosso amigo José Cebola.
Sexta à noite fomos recebidos com um magnífico caldo de peixe à moda do Pico e no sábado com uma fritada de pombos e tordos magistralmente confeccionada pelo Cremildo. Acabamos por encerrar no Domingo com um Cozido à Regional.
Tecnicamente o encerramento da caça às Galinholas na Ilha do Pico será apenas no dia 18 de Dezembro, mas por impossibilidade da minha parte optei por antecipa-lo para o passado dia 11 do corrente mês.
Em termos globais poderei afirmar que a presente época até foi razoável, embora com menos Galinholas do que na época passada, a que não deve ser estranho o facto de se poder caçar ao coelho, durante quase todo o ano, precisamente nos mesmos bosques onde buscamos a nossa tão desejada Dama. Para agravar esta situação, também nos chegaram informações muito preocupantes da Galinhola Açoriana estar a ser alvo de furtivismo desenfreado para posterior venda no Continente. As autoridades Regionais e os Serviços Florestais estão devidamente alertados para a existência deste inquietante caso.
Apesar do panorama bastante preocupante é sempre um privilégio podermos caçar às Bicudas com os nossos cães e amigos, já que esta ave misteriosa e de olhos de veludo - na descrição de Fernando de Araújo Ferreira, autor do livro "Galinholas", nos proporciona lances de caça singulares e extraordinários, acrescidos de pratos de gastronomia cinegética não menos fabulosos.
Naquele domingo, eu e o Cremildo depois de muito andarmos, de subirmos e descermos, de calcorrearmos a montanha daquela maravilhosa terra conseguimos cobrar 4 Galinholas. Quando demos com elas já era tarde! Aqui reside parte do encanto com que esta ave misteriosa nos teima em presentear, pelo que mais ficaram para daqui a 2 anos já que na próxima época não se poderá caçar nos mesmos terrenos (fica um ano a descansar). Pelo menos assim será para aqueles que vivem esta arte com honestidade e cumprem escrupulosamente a lei venatória, porque para os clandestinos, como sabemos, não existe rotatividade nem pousio...
Um abraço para todos os Caçadores, em especial para aqueles que se dedicam à Galinhola, e Votos de um Bom Ano Novo repleto de saúde e de muita caça de qualidade, se os fundamentalistas anti-caça e os políticos o permitirem.
Texto e foto da autoria de Gualter Furtado
A componente social, como sempre, foi extraordinária e englobou, inclusivamente, uma matança de porco na Manhenha, na casa do nosso amigo José Cebola.
Sexta à noite fomos recebidos com um magnífico caldo de peixe à moda do Pico e no sábado com uma fritada de pombos e tordos magistralmente confeccionada pelo Cremildo. Acabamos por encerrar no Domingo com um Cozido à Regional.
Tecnicamente o encerramento da caça às Galinholas na Ilha do Pico será apenas no dia 18 de Dezembro, mas por impossibilidade da minha parte optei por antecipa-lo para o passado dia 11 do corrente mês.
Em termos globais poderei afirmar que a presente época até foi razoável, embora com menos Galinholas do que na época passada, a que não deve ser estranho o facto de se poder caçar ao coelho, durante quase todo o ano, precisamente nos mesmos bosques onde buscamos a nossa tão desejada Dama. Para agravar esta situação, também nos chegaram informações muito preocupantes da Galinhola Açoriana estar a ser alvo de furtivismo desenfreado para posterior venda no Continente. As autoridades Regionais e os Serviços Florestais estão devidamente alertados para a existência deste inquietante caso.
Apesar do panorama bastante preocupante é sempre um privilégio podermos caçar às Bicudas com os nossos cães e amigos, já que esta ave misteriosa e de olhos de veludo - na descrição de Fernando de Araújo Ferreira, autor do livro "Galinholas", nos proporciona lances de caça singulares e extraordinários, acrescidos de pratos de gastronomia cinegética não menos fabulosos.
Naquele domingo, eu e o Cremildo depois de muito andarmos, de subirmos e descermos, de calcorrearmos a montanha daquela maravilhosa terra conseguimos cobrar 4 Galinholas. Quando demos com elas já era tarde! Aqui reside parte do encanto com que esta ave misteriosa nos teima em presentear, pelo que mais ficaram para daqui a 2 anos já que na próxima época não se poderá caçar nos mesmos terrenos (fica um ano a descansar). Pelo menos assim será para aqueles que vivem esta arte com honestidade e cumprem escrupulosamente a lei venatória, porque para os clandestinos, como sabemos, não existe rotatividade nem pousio...
Um abraço para todos os Caçadores, em especial para aqueles que se dedicam à Galinhola, e Votos de um Bom Ano Novo repleto de saúde e de muita caça de qualidade, se os fundamentalistas anti-caça e os políticos o permitirem.
Texto e foto da autoria de Gualter Furtado