Podemos caracterizar desporto como sendo o fruto duma actividade de recreio, um exercício corporal praticado ou não ao ar livre, cujo objectivo primordial assenta na diversão, no desenvolvimento da agilidade, da destreza, da força física.
A caça é praticada unicamente no espaço livre, em contacto directo com a natureza, mas também é diversão, proporciona o desenvolvimento da agilidade, da destreza, da força física, sendo, por isso, confundida normalmente com desporto, porém Erich Fromm, em "The Anatomy of Human Destructiveness", faz um descrição da Caça que considero justa e pertinente.
Refere que "in the act of hunting, a man becomes, however briefly, part of nature again. He returns to the natural state, becomes one with the animal, and is freed of the existential split, to be part of nature and to transcend it by virtue of his consciousness."
Será, então, a caça um desporto?
Jane Goodall, refere nos estudos que desenvolveu sobre os chimpanzés, que estes se organizam e caçam em grupos, cerca de trinta vezes por ano.
Por sua vez, o antropologista S.L.Washburn, afirma que, entre os primatas, a caça permite o desenvolvimento de uma estrutura social mais humana do que aquela que é registada nos vegetarianos, acrescentando mesmo que a caça não só exigiu novas actividades e novos modos de cooperação, como também alterou a hierarquia e a estrutura social do grupo, factores que foram determinantes para o sucesso da humanidade.
As gravuras rupestres ensinam-nos que fazemos parte do mundo natural e de um outro que não controlamos, que se prolonga na nossa consciência e que existe muito para além da nossa própria existência, o qual ainda buscamos incessantemente tal e qual o fazíamos há milhares de anos atrás, movidos pelos mesmos objectivos e em cumprimento das mesmas regras.
Actualmente as pessoas, inclusivamente algumas das que se dizem caçadores, identificam a Caça como um desporto, porém esta designação não reflecte a verdadeira essência do que é realmente a Caça, sendo mesmo injusta e incompleta, ordinária, que muito a prejudica.
O verdadeiro Caçador jamais poderá aceitar essa designação e muito menos a presença de quem, da caça, queira fazer um desporto.
A Caça é, antes de mais, a realização de um instinto que nos permanece inalterado desde a alvorada dos tempos e negar a sua existência é repudiar a essência do que realmente somos, pois foi da combinação dessa força inata com o intelecto que surgiram as gravuras do Vale do Côa e nasceu a mais moderna das composições.
Podemos facilmente constatar que, passados todos estes anos, permanecemos iguais, fiéis à nossa condição de predadores, unidos e motivados, não por uma mera actividade, mas pela mesma paixão, através da qual regressamos ao nosso estado original, nos tornamos unos com o mundo natural e nos libertamos.
A Caça não é, definitivamente, um desporto!
A caça é praticada unicamente no espaço livre, em contacto directo com a natureza, mas também é diversão, proporciona o desenvolvimento da agilidade, da destreza, da força física, sendo, por isso, confundida normalmente com desporto, porém Erich Fromm, em "The Anatomy of Human Destructiveness", faz um descrição da Caça que considero justa e pertinente.
Refere que "in the act of hunting, a man becomes, however briefly, part of nature again. He returns to the natural state, becomes one with the animal, and is freed of the existential split, to be part of nature and to transcend it by virtue of his consciousness."
Será, então, a caça um desporto?
Jane Goodall, refere nos estudos que desenvolveu sobre os chimpanzés, que estes se organizam e caçam em grupos, cerca de trinta vezes por ano.
Por sua vez, o antropologista S.L.Washburn, afirma que, entre os primatas, a caça permite o desenvolvimento de uma estrutura social mais humana do que aquela que é registada nos vegetarianos, acrescentando mesmo que a caça não só exigiu novas actividades e novos modos de cooperação, como também alterou a hierarquia e a estrutura social do grupo, factores que foram determinantes para o sucesso da humanidade.
As gravuras rupestres ensinam-nos que fazemos parte do mundo natural e de um outro que não controlamos, que se prolonga na nossa consciência e que existe muito para além da nossa própria existência, o qual ainda buscamos incessantemente tal e qual o fazíamos há milhares de anos atrás, movidos pelos mesmos objectivos e em cumprimento das mesmas regras.
Actualmente as pessoas, inclusivamente algumas das que se dizem caçadores, identificam a Caça como um desporto, porém esta designação não reflecte a verdadeira essência do que é realmente a Caça, sendo mesmo injusta e incompleta, ordinária, que muito a prejudica.
O verdadeiro Caçador jamais poderá aceitar essa designação e muito menos a presença de quem, da caça, queira fazer um desporto.
A Caça é, antes de mais, a realização de um instinto que nos permanece inalterado desde a alvorada dos tempos e negar a sua existência é repudiar a essência do que realmente somos, pois foi da combinação dessa força inata com o intelecto que surgiram as gravuras do Vale do Côa e nasceu a mais moderna das composições.
Podemos facilmente constatar que, passados todos estes anos, permanecemos iguais, fiéis à nossa condição de predadores, unidos e motivados, não por uma mera actividade, mas pela mesma paixão, através da qual regressamos ao nosso estado original, nos tornamos unos com o mundo natural e nos libertamos.
A Caça não é, definitivamente, um desporto!