O Pombo-torcaz-dos-Açores (Columba palumbos azorica) desde 1993 que é
considerado no Arquipélago dos Açores uma espécie incluída na Diretiva das
Aves, com o estatuto de ave protegida, e abrangida pela Conservação das Aves
Selvagens. Logo a caça a esta espécie está proibida nos Açores.
O Pombo-torcaz é o pombo com maior envergadura na Europa e os que habitam e se
reproduzem nos Açores são mesmo tidos pelos estudiosos das aves como uma
subespécie endémica do Arquipélago.
É uma ave de grande porte, muito bonita e que tem como
habitat privilegiado as matas coníferas embora nos últimos anos seja frequente
a sua presença nos jardins das cidades da Europa, inclusive nos mais
importantes núcleos urbanos dos Açores.
Nos anos mais recentes devido à expansão desta bonita ave levantam-se muitas
vozes, incluindo de caçadores, sendo que alguns são mesmo meus amigos e
companheiros de caça, a defenderem que se deveria abrir a caça ao
Pombo-torcaz, e isto como forma de minimizar os prejuízos que esta espécie
estaria a provocar na agricultura.
O caminho nos Açores não deve ser este, mas sim
indemnizar os prejuízos eventualmente causados pela espécie e elucidar e ajudar
os agricultores para que adotem medidas naturais e ambientais de proteção das
suas produções agrícolas.
Sabemos que, por exemplo, na Ilha do Pico andam a
envenená-los, o que é considerado um crime, mais um que está a ser cometido
nestas nossas Ilhas.
A abertura da caça a esta espécie significaria um retrocesso na nossa
civilização e municiaria os grupos anti caça de mais um argumento poderosíssimo
no combate à caça e aos caçadores.
Texto e fotografia da autoria de Gualter Furtado
Gualter Furtado, um dos caçadores vivos dos Açores que mais Pombos-torcazes cobrou nos Açores e em Portugal.
A foto é de um borracho de Pombo-torcaz-dos-Açores, captada pelo autor numa mata da Ilha de São Miguel.
Gualter Furtado, um dos caçadores vivos dos Açores que mais Pombos-torcazes cobrou nos Açores e em Portugal.
A foto é de um borracho de Pombo-torcaz-dos-Açores, captada pelo autor numa mata da Ilha de São Miguel.