13 de dezembro de 2014

Mortandade de coelhos na Ilha Graciosa

O Governo da Região Autónoma dos Açores encerrou a caça a todas as espécies cinegéticas na Ilha Graciosa, Ilha do Grupo Central dos Açores.
Esta medida foi tomada no seguimento de um elevado surto de Hemorrágica nos coelhos bravos que ameaça dizimar quase toda a população desta espécie cinegética  naquela Ilha. Nos últimos dois anos a dimensão demográfica de coelhos na Ilha Graciosa apresentava resultados muito positivos ao ponto de alguns caçadores locais retomarem a caça desta espécie, e, inclusivamente, constituído matilhas de podengos, estando agora desolados com o que se está a passar.
Paira a dúvida na comunidade de caçadores açorianos se esta brutal mortandade de coelhos bravos foi resultado de mão criminosa, que trouxe para a Ilha coelhos infetados pela virose hemorrágica e que rapidamente infetou os coelhos locais, ou, se estamos perante um fenómeno natural que leva a que a hemorrágica apareça ciclicamente nas Ilhas  mediante certas condições climatéricas e outras.
Era muito importante que esta dúvida fosse esclarecida. E quem a pode esclarecer são as Autoridades  Policiais, os Serviços Florestais e a Ciência. 
Os caçadores açorianos de outras Ilhas que já viveram no passado este filme de terror, designadamente os das Ilhas Terceira, Santa Maria e de São Miguel, vivem mais uma vez uma grande angústia que é esta doença viral hemorrágica poder a vir espalhar-se novamente pelo Arquipélago, razão porque todo o cuidado é pouco e temos de estar de olhos bem abertos.
O coelho bravo, praticamente desde os primórdios do povoamento das Ilhas Açorianas, que faz parte da nossa realidade rural e constitui um património natural relevante da nossa história. Acreditamos e defendemos que deve haver um compromisso permanente e equilibrado entre os agricultores e os caçadores, por forma a que os lavradores e os agricultores não sejam prejudicados quando ocorrem episódios de sobre-população de coelhos e sejam  ajudados pelos caçadores e vice-versa quando surgem ameaças à sustentabilidade do nosso coelho bravo.
Os próximos dias vão ser muito importantes neste processo.
Relembro que estão em causa muitos valores fundamentais, como seja, por exemplo, as centenas de cães de caça das nossas matilhas.

Gualter Furtado
13 de Dezembro de 2014

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