8 de dezembro de 2014

Abertura às Codornizes na Ilha de São Miguel

A caça à codorniz na Ilha de São Miguel abriu no dia 7 de Dezembro de 2014 e prolonga-se até ao último Domingo deste mês. Este ano fiz a abertura com o meu parceiro de caça que é o Celestino e acompanharam-nos os meus dois experientes Épagneul bretões, cujos nomes são a admirável Pipoca (F) e o eficiente Pico (M). Escolhemos os terrenos em função do vento moderado de quadrante nordeste, do tipo de maneio que foi aplicado nos tempos mais recentes, do conhecimento do habitat e dos resultados que obtivemos nas últimos épocas. 
A arma que utilizei foi a Browning Maxus, de calibre 12, com 66 cm de cano, choque cilíndrico e cartuchos de bucha de feltro, Galgo Verde, de 32 gramas e de chumbo 9. 
Normalmente utilizo para caçar a esta espécie cinegética a minha paralela Arrieta, de calibre 20, mas como de seguida íamos caçar aos coelhos com os meus outros cães optei pela primeira que é também uma arma polivalente, leve e com a qual tenho obtido excelentes resultados. 
Só fomos depois caçar aos coelhos, porque dá-me pena ver os meus cães coelheiros não poderem fazer o que mais gostam na vida que é caçar e depois, em São Miguel, os dias que se podem caçar a esta espécie não são muitos. Mesmo assim foram seis horas a andar.
Voltando às codornizes, o dia estava excelente para o trabalho dos cães de parar, proporcionando paragens magníficas e cobros muito bonitos. 
As codornizes foram todas cobradas depois de paradas pelos cães, como deve ser neste tipo de caça.
Longe vão os tempos em que se faziam nesta ilha de São Miguel caçadas de dezenas de codornizes e sem pôr em causa a sustentabilidade da espécie. Era o tempo em que a cultura dominante dos Açores era a produção do trigo ceifado à mão e não existiam os adubos, pesticidas e outros produtos químicos que tanto mal fazem às espécies cinegéticas. Não obstante, as mudanças profundas ocorridas nas ultimas décadas no habitat das Ilhas, nas técnicas e no maneio dos campos, ainda hoje esta autêntica heroína, que é a codorniz açoriana, continua a ser a espécie rainha de muitas Ilhas Açorianas e a proporcionar jornadas de caça inesquecíveis.
Compete aos caçadores açorianos e aos serviços oficiais tudo fazerem para preservar este património cinegético que nasce e vive nestas bonitas Ilhas.



Texto da autoria de Gualter Furtado 
Foto da autoria de Mário Arrifano
As codornizes que constam do quadro de caça, resultam do esforço de três caçadores

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