O meio ambiente, a natureza e o mar constituem uma das mais importantes vantagens comparativas absolutas e relativas do Arquipélago dos Açores.
Nesta oferta ímpar da nossa Região encontram-se os percursos pedestres.
São cada vez em maior número os estrangeiros que nos visitam tendo como objectivo principal, exactamente o de poderem desfrutar da paisagem e das belezas naturais dos Açores, através dos trilhos proporcionados pelos percursos pedestres devidamente assinalados que existem em várias Ilhas desta maravilhosa Região Insular.
Noto com enorme satisfação o facto de alguns residentes também já começarem a percorre-los.
Muitos destes trilhos são testemunho real de uma fase da nossa história, já que eram utilizados originalmente pelos nossos antepassados para se deslocarem entre as diferentes localidades existentes em cada uma das nossas Ilhas, servindo por isso multiplas funções das quais se destacam a distribuição de diversos bens e serviços importantes e essenciais.
Com a construção das novas e modernas vias de comunicação estes trilhos foram abandonados e desprezados, tendo mesmo alguns ficado irremediavelmente esquecidos e perdidos entre plantas invasoras e às vezes também do betão.
Felizmente que nos últimos anos alguns dos antigos percursos pedestres têm vindo a ser recuperados constituindo estas acções de restauração excelentes medidas de política económica com recurso a uma despesa pública modesta, quando comparada com outros investimentos da mesma natureza, mesmo no âmbito municipal.
Evidentemente que não basta reabrir estes trilhos, é preciso cuidar da sua manutenção, garantir a sua segurança e adequada sinalização, tratar da sua limpeza e recolha do lixo que algumas "pessoas" teimam em abandonar, ainda que felizmente num número cada vez mais reduzido, e proceder à sua divulgação.
Estamos pois num campo em que as parcerias entre o Governo dos Açores, as Câmaras Municipais e o sector privado devem ser incentivadas.
Sempre que tenho disponibilidade e companhia gosto de subir o Pico da Vara, a Montanha do Pico (a minha preferida maravilha de Portugal) e fazer alguns percursos pedestres.
Nesta actividade salutar e de estreito contacto com a natureza tenho me cruzado com muitos estrangeiros que por esta via se tornam, sem quaisquer dúvidas, nos melhores embaixadores que os Açores alguma vez tiveram.
Refiro-me em concreto ao percurso pedestre que se inicia junto da Ribeira do Faial da Terra até ao Salto do Prego, onde é possível observar e desfrutar de uma magnífica cascata, e regresso pelo Sanguinho (nome de uma planta endémica dos arquipélagos dos Açores e da Madeira) e pela pequena aldeia constituída por um conjunto de pequenas casas muito bonitas e típicas, que se encontram em fase de reconstrução por uns investidores privados a quem desejo sinceramente os maiores sucessos, embora saiba não ser uma tarefa fácil.
Do Sanguinho temos uma vista deslumbrante do Faial da Terra.
Todo o trilho é ladeado por matas de acácias e incensos e infelizmente também de muitas plantas invasoras, que constituem nos Açores uma autêntica praga (espero que as entidades públicas estejam atentas à turfeira dos Graminhais).
Para terminar, aqui fica pois uma excelente sugestão de percurso pedestre na Ilha de São Miguel, bem assinalado, de dificuldade média e de aproximadamente 5 Km, a realizar sempre em grupo. Sendo que este trilho é bem o exemplo da necessidade da parceria do Governo com a Câmara Municipal, já que alguns troços do percurso necessitam de melhoramentos, embora salvaguardando e sem nunca colocar em causa a sua rusticidade e originalidade.
Texto e fotografias da autoria de Gualter Furtado
Nesta oferta ímpar da nossa Região encontram-se os percursos pedestres.
São cada vez em maior número os estrangeiros que nos visitam tendo como objectivo principal, exactamente o de poderem desfrutar da paisagem e das belezas naturais dos Açores, através dos trilhos proporcionados pelos percursos pedestres devidamente assinalados que existem em várias Ilhas desta maravilhosa Região Insular.
Noto com enorme satisfação o facto de alguns residentes também já começarem a percorre-los.
Muitos destes trilhos são testemunho real de uma fase da nossa história, já que eram utilizados originalmente pelos nossos antepassados para se deslocarem entre as diferentes localidades existentes em cada uma das nossas Ilhas, servindo por isso multiplas funções das quais se destacam a distribuição de diversos bens e serviços importantes e essenciais.
Com a construção das novas e modernas vias de comunicação estes trilhos foram abandonados e desprezados, tendo mesmo alguns ficado irremediavelmente esquecidos e perdidos entre plantas invasoras e às vezes também do betão.
Felizmente que nos últimos anos alguns dos antigos percursos pedestres têm vindo a ser recuperados constituindo estas acções de restauração excelentes medidas de política económica com recurso a uma despesa pública modesta, quando comparada com outros investimentos da mesma natureza, mesmo no âmbito municipal.
Evidentemente que não basta reabrir estes trilhos, é preciso cuidar da sua manutenção, garantir a sua segurança e adequada sinalização, tratar da sua limpeza e recolha do lixo que algumas "pessoas" teimam em abandonar, ainda que felizmente num número cada vez mais reduzido, e proceder à sua divulgação.
Estamos pois num campo em que as parcerias entre o Governo dos Açores, as Câmaras Municipais e o sector privado devem ser incentivadas.
Sempre que tenho disponibilidade e companhia gosto de subir o Pico da Vara, a Montanha do Pico (a minha preferida maravilha de Portugal) e fazer alguns percursos pedestres.
Nesta actividade salutar e de estreito contacto com a natureza tenho me cruzado com muitos estrangeiros que por esta via se tornam, sem quaisquer dúvidas, nos melhores embaixadores que os Açores alguma vez tiveram.
Refiro-me em concreto ao percurso pedestre que se inicia junto da Ribeira do Faial da Terra até ao Salto do Prego, onde é possível observar e desfrutar de uma magnífica cascata, e regresso pelo Sanguinho (nome de uma planta endémica dos arquipélagos dos Açores e da Madeira) e pela pequena aldeia constituída por um conjunto de pequenas casas muito bonitas e típicas, que se encontram em fase de reconstrução por uns investidores privados a quem desejo sinceramente os maiores sucessos, embora saiba não ser uma tarefa fácil.
Do Sanguinho temos uma vista deslumbrante do Faial da Terra.
Todo o trilho é ladeado por matas de acácias e incensos e infelizmente também de muitas plantas invasoras, que constituem nos Açores uma autêntica praga (espero que as entidades públicas estejam atentas à turfeira dos Graminhais).
Para terminar, aqui fica pois uma excelente sugestão de percurso pedestre na Ilha de São Miguel, bem assinalado, de dificuldade média e de aproximadamente 5 Km, a realizar sempre em grupo. Sendo que este trilho é bem o exemplo da necessidade da parceria do Governo com a Câmara Municipal, já que alguns troços do percurso necessitam de melhoramentos, embora salvaguardando e sem nunca colocar em causa a sua rusticidade e originalidade.
Texto e fotografias da autoria de Gualter Furtado