7 de março de 2015

Comunicado da Associação Micaelense de Caça

1 - Tomamos conhecimento pelos Órgãos de Comunicação Social que a Direção Regional com a tutela da Caça nos Açores, confirmou a estirpe da doença hemorrágica no coelho-bravo na Ilha de São Miguel e praticamente em todas as Ilhas do Arquipélago. 

2 - Os caçadores da Associação Micaelense de Caça manifestam um profundo pesar com esta situação e que prejudica gravemente a sustentabilidade do coelho-bravo nos Açores, embora no caso da Ilha de São Miguel não se conheça ainda e em toda a extensão em que medida esta virose afetará a população do coelho-bravo na Ilha. Aguardamos informação relevante por parte da Direção Regional e dos Serviços Florestais, a quem compete este dever de informação.

3 - Associamo-nos a todos aqueles que exigem um cabal esclarecimento por parte das entidades oficiais sobre a origem deste surto de hemorrágica e como sabemos teve o seu início na Ilha Graciosa. A comunidade dos caçadores Micaelenses e Açorianos merecem este esclarecimento.

4 - A Associação Micaelense de Caça considera que foi acertada a interdição da caça por parte dos Serviços Oficiais que tutelam a caça como mais um meio preventivo e de impedir uma maior circulação da virose, embora e infelizmente saibamos que a circulação da hemorrágica pode ocorrer por outras vias em que não se exclui a intenção premeditada e criminosa.

5 - Sugerimos que seja formalmente solicitada e realizada uma reunião com a Direção Regional dos Recursos Florestais, para que sejamos informados sobre os mais recentes desenvolvimentos sobre este surto de hemorrágica na Ilha de São Miguel e nos Açores.

6 - Preocupa-nos muito o bem estar dos nossos cães de caça, apelando-se a todos os caçadores para fazerem um esforço adicional e até mesmo sacrifícios para nestas circunstâncias garantirem e preservarem os seus cães, grandes companheiros e amigos dos caçadores.

7 - Continuam a morrer coelhos bravos na nossa Ilha, sendo assim, não nos parece aconselhável para já a libertação nos terrenos de caça dos nossos cães de caça, embora saibamos que não são só os nossos cães que iriam difundir a hemorrágica, mas este é o nosso contributo responsável para garantirmos a sustentabilidade do coelho-bravo, animal bravio que se confunde com a natureza e a história dos Açores. As nossas Ilhas e mesmo a agricultura açoriana ficariam bem mais pobres com o desaparecimento do nosso coelho-bravo. Logo que houvesse sinais mais claros sobre o comportamento desta virose hemorrágica, esta questão da libertação dos cães de caça e principalmente nos campos de treino deveria ser prontamente equacionada.

8 - Reafirmamos a nossa total disponibilidade para cooperar com as entidades oficiais e todos os parceiros do setor e sempre com o objetivo de preservar o coelho-bravo, o bem-estar dos nossos cães e o direito consciente à pratica do ato cinegético. 

Comunicado síntese da reunião da Associação Micaelense de Caça, ocorrida a 06 de Março de 2015
Gualter Furtado, o Presidente da Assembleia-geral
Paulo Cruz, o Presidente da Direção

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