30 de março de 2015

Lagoa das Furnas

Percurso de cerca de 7 km, fácil e muito bonito.
Com o fascínio de recordar a minha infância, pois era exatamente nas margens desta Lagoa que com 10 anos de idade costumava acampar, usando como tenda um oleado montado sobre uma estrutura de canas da Índia.
A minha companhia era uma pressão de ar, Diana 25, uma caixa de fósforos e um pequeno saco de sal.
Agora sem caça e com os meus cães de quarentena, há que arranjar alternativas para se manter a forma e tentar esquecer a tragédia que se abateu sobre o nosso coelho-bravo.






Texto e foto de Gualter Furtado

11 de março de 2015

Associação Micaelense de Caça reúne com DRRF

Atendendo ao elevado interesse e pertinência do tema da DHV nos Açores, publica-se a informação prestada pela AMC aos seus associados, resultante da reunião que manteve ontem com a Direcção Regional dos Recursos Florestais.

INFORMAÇÃO PARA OS MEMBROS DA ASSOCIAÇÃO MICAELENSE DE CAÇA

No seguimento da reunião promovida pela Associação Micaelense de Caça no dia 6/03/2015 no Clube de Tiro de São Miguel e durante a qual foi amplamente debatida a atual situação que se vive na cinegética de São Miguel e dos Açores e como consequência do surto hemorrágico que afetou o coelho bravo em 8 ilhas dos Açores. Em relação a esta reunião foi emitido um Comunicado e que foi amplamente divulgado. Foi então deliberado solicitar uma reunião à Direção Regional dos Recursos Florestais e, dando cumprimento a esta decisão, solicitamos esta reunião que se realizou nas instalações da referida Direção Regional no dia 10/03/2015 pelas 16h, tendo participado na reunião a Senhora Diretora Regional Eng.ª Anabela Isidoro e o Eng.º Manuel Leitão em representação dos Serviços que oficialmente têm a tutela da Caça nos Açores e pela Associação Micaelense de Caça o seu Presidente e Vice-presidente respetivamente o Sr. Paulo Cruz e o Eng.º Pedro Moniz e ainda o Presidente da Assembleia Geral o Dr. Gualter Furtado.
Os representantes da Associação Micaelense de Caça agradeceram à Sr.ª Diretora Regional a prontidão em nos receber. De imediato foi transmitido a grande tristeza que grassa nos Caçadores Açorianos com a mortandade dos coelhos bravos e as preocupações manifestadas pelos caçadores na reunião de 6/03/2015:

- Maior diálogo e transmissão de informações por parte dos Serviços Florestais;
- Evolução do surto hemorrágico;
- Se existiam informações sobre a origem deste surto hemorrágico;
- Necessidade de se reforçar a componente científica e técnica durante esta crise e na fase posterior a esta;
- Como são realizados os Censos;
- Expectativa quanto à libertação dos cães caça;
- O Futuro do coelho bravo;
- E a nossa disponibilidade para o diálogo.

Ficamos com a promessa por parte dos Representantes da Direção Regional dos Recursos Florestais que estariam disponíveis para nos prestarem regularmente informações acerca do surto hemorrágico. Depois fizeram o ponto de situação atualizado do número de coelhos mortos nas diferentes Ilhas, de reter que continuam a morrer coelhos bravos na Ilha de São Miguel. Quanto à origem do surto hemorrágico na Ilha Graciosa a Sr.ª Diretora Regional relatou-nos que os Serviços Florestais informaram o Ministério Público e o SEPNA que se disponibilizavam para colaborar com informações que eventualmente possam ser úteis às investigações.
Informaram ainda que a libertação dos cães de caça só poderia ocorrer “dois meses depois de se recolher o último coelho morto “, sob pena de se estar a contribuir para o alastramento desta virose hemorrágica. Sabemos que não são só os nossos cães de caça que podem provocar a difusão da hemorrágica, mas concordamos aguardar mais um mês findo o qual será feito novo ponto de situação.  

7 de março de 2015

Comunicado da Associação Micaelense de Caça

1 - Tomamos conhecimento pelos Órgãos de Comunicação Social que a Direção Regional com a tutela da Caça nos Açores, confirmou a estirpe da doença hemorrágica no coelho-bravo na Ilha de São Miguel e praticamente em todas as Ilhas do Arquipélago. 

2 - Os caçadores da Associação Micaelense de Caça manifestam um profundo pesar com esta situação e que prejudica gravemente a sustentabilidade do coelho-bravo nos Açores, embora no caso da Ilha de São Miguel não se conheça ainda e em toda a extensão em que medida esta virose afetará a população do coelho-bravo na Ilha. Aguardamos informação relevante por parte da Direção Regional e dos Serviços Florestais, a quem compete este dever de informação.

3 - Associamo-nos a todos aqueles que exigem um cabal esclarecimento por parte das entidades oficiais sobre a origem deste surto de hemorrágica e como sabemos teve o seu início na Ilha Graciosa. A comunidade dos caçadores Micaelenses e Açorianos merecem este esclarecimento.

4 - A Associação Micaelense de Caça considera que foi acertada a interdição da caça por parte dos Serviços Oficiais que tutelam a caça como mais um meio preventivo e de impedir uma maior circulação da virose, embora e infelizmente saibamos que a circulação da hemorrágica pode ocorrer por outras vias em que não se exclui a intenção premeditada e criminosa.

5 - Sugerimos que seja formalmente solicitada e realizada uma reunião com a Direção Regional dos Recursos Florestais, para que sejamos informados sobre os mais recentes desenvolvimentos sobre este surto de hemorrágica na Ilha de São Miguel e nos Açores.

6 - Preocupa-nos muito o bem estar dos nossos cães de caça, apelando-se a todos os caçadores para fazerem um esforço adicional e até mesmo sacrifícios para nestas circunstâncias garantirem e preservarem os seus cães, grandes companheiros e amigos dos caçadores.

7 - Continuam a morrer coelhos bravos na nossa Ilha, sendo assim, não nos parece aconselhável para já a libertação nos terrenos de caça dos nossos cães de caça, embora saibamos que não são só os nossos cães que iriam difundir a hemorrágica, mas este é o nosso contributo responsável para garantirmos a sustentabilidade do coelho-bravo, animal bravio que se confunde com a natureza e a história dos Açores. As nossas Ilhas e mesmo a agricultura açoriana ficariam bem mais pobres com o desaparecimento do nosso coelho-bravo. Logo que houvesse sinais mais claros sobre o comportamento desta virose hemorrágica, esta questão da libertação dos cães de caça e principalmente nos campos de treino deveria ser prontamente equacionada.

8 - Reafirmamos a nossa total disponibilidade para cooperar com as entidades oficiais e todos os parceiros do setor e sempre com o objetivo de preservar o coelho-bravo, o bem-estar dos nossos cães e o direito consciente à pratica do ato cinegético. 

Comunicado síntese da reunião da Associação Micaelense de Caça, ocorrida a 06 de Março de 2015
Gualter Furtado, o Presidente da Assembleia-geral
Paulo Cruz, o Presidente da Direção

3 de março de 2015

Caçadores vão discutir situação da caça e medidas a tomar

REUNIÃO 06 DE MARÇO, PELAS 18H30, NO CLUBE DESPORTIVO DE TIRO DE SÃO MIGUEL

Confirmada que se encontra a existência da nova estirpe da doença hemorrágica no Arquipélago (a mais mortal de todas), o aparecimento deste surto está a causar muita estranheza e preocupação entre os caçadores.
Os caçadores que se manifestaram em Ponta Delgada acusaram o governo de “passividade” face ao problema, o que foi prontamente rejeitado pelas autoridades regionais.
Estes assuntos serão discutidos pelos caçadores da Ilha de São Miguel, na próxima sexta-feira, dia 6 de Março, pelas 18h30, nas instalações do Clube Desportivo de Tiro de São Miguel.
O encontro é organizado pela Associação Micaelense de Caça, constando da ordem de trabalhos o grave problema da doença hemorrágica e outros casos ligados à caça, bem como as medidas urgentes que devem ser tomadas.

2 de março de 2015

Mais de 10 mil coelhos mortos recolhidos em 7 ilhas

As autoridades regionais já estão na posse dos resultados das segundas análises aos coelhos mortos, que reconfirmam a presença da nova estirpe da Doença Hemorrágica Viral dos Coelhos.
Mais de 10 mil coelhos mortos já foram recolhidos pelos Serviços Florestais em sete ilhas - soube o “Diário dos Açores” de fonte da Direcção dos Serviços Florestais.
Os primeiros exemplares começaram a ser recolhidos na ilha Graciosa em 29 de Novembro do ano passado, aumentando até ao dia 26 de Fevereiro em várias ilhas, com destaque para as Flores, onde foram recolhidos 6.860 coelhos (ver quadro nesta notícia). Até agora os Serviços Florestais não têm registos de coelhos mortos apenas nas ilhas de Pico e Corvo, mas, tal como noticiámos na edição de sábado, vários caçadores picoenses dizem já ter encontrado muitos coelhos mortos naquela ilha e estranham que não seja do conhecimento das autoridades.
O nosso jornal sabe que, ainda no passado fim de semana, caçadores do Pico enterraram vários exemplares pequenos na zona do Paúl da Borrega.
Também nesse fim de semana foram encontrados mais coelhos mortos nas matas da margem sul da lagoa das Furnas, em S. Miguel.
Tal como foi revelado pelo nosso jornal, as primeiras análises em S. Miguel confirmaram o vírus hemorrágico, mas na sexta-feira o governo recebeu, segundo sabemos, as segundas análises, que reconfirmam a presença da nova estirpe da Doença Hemorrágica Viral dos Coelhos.
Fonte oficial da Direcção dos Serviços Florestais disse ao “Diário dos Açores” que a proibição de caça foi decretada naquelas ilhas, “nalguns casos preventivamente, mesmo sem os resultados definitivos das análises, e devido ao significativo número de animais encontrados. Apesar do decréscimo ou até ausência de animais mortos encontrados nas ilhas onde se detectou a doença mais cedo (antes de S. Miguel e Santa Maria), mantém-se a prevenção dos serviços com vistorias e a interdição de caça”.

Caça ao pombo-torcaz e melro preto

Entretanto, vai ser autorizada a caça ao pombo-torcaz e ao melro preto a partir de Junho, no Pico e na Terceira, numa decisão que não merece a aprovação de alguns caçadores. 
As autoridades entendem que “estamos perante espécies não cinegéticas e protegidas”, pelo que “de 15 de Junho a 15 de Setembro e durante esse período, é permitida a correcção, num período mais alargado, de densidade populacional em áreas específicas (nas áreas de vinha da Terceira e Pico), através de requerimento à Direcção Regional de Ambiente, com recurso a diversos métodos, entre os quais a arma de fogo desde que em respeito pela lei da caça”.

Diário dos Açores
Transcrição da notícia de 03 de Março de 2015

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