A Associação de Caçadores das Encostas do Douro, em colaboração com a Junta de Freguesia de Mós-do-Douro e uma vasta equipa de bons amigos, realizou no dia 4 de Fevereiro de 2012, a XIII Montaria ao Javali de Mós-do-Douro.
O evento, que reúne caçadores de todo o País e de amigos de Mós-do-Douro, já faz parte do património humano, da cinegética nacional e é uma autêntica romaria a um dos locais mais típicos do País onde somos sempre muito bem recebidos e acarinhados pelo Ricardo, Ramiro, Rui, Luís Polido, Presidente da Junta de Freguesia, entre outros.
É claro que a caçada é também um bom pretexto para este reencontro, para saborearmos a fabulosa gastronomia local e encantarmos a vista com a beleza extraordinária que o Douro proporciona a quem com ele se depara.
Este ano fiz-me acompanhar do meu companheiro de sempre o Cremildo Marques, mais conhecido por “Barbas”, e do grande caçador Dr. António Tomás (industrial da famosa fábrica Santana que ao longo dos anos vem produzindo belíssimos azulejos e painéis que muito valorizam o património nacional - mandou fazer um azulejo comemorativo desta Montaria).
O Cremildo com a sua boa disposição e no desempenho de leiloeiro dos javalis cobrados tem constituído uma forte mais valia para a Organização já que os porcos leiloados por ele rendem sempre mais.
Á nossa parte arrematamos 2 porcos (1 pequeno e outro médio) para ajudarmos a Organização e para fazermos um almoço de Javali, que levamos a cabo no dia seguinte, magistralmente cozinhado pelo Luís Polido e sua esposa, que também acabamos por partilhar com o Sr. que teve a amabilidade de nos alojar no anexo das antigas instalações do caminho de ferro de Mós-do-Douro. Ainda sobraram uns pedaços para serem confeccionados em futuros encontros de amigos caçadores.
O dia esteve magnifico, isto depois de um “frio de rachar pedras”, e os cerca de 116 Monteiros, acompanhados por 16 Matilhas, cobraram 16 Javalis, com alguns bons exemplares como o que foi cobrado por um Monteiro sénior (julgo que o seu nome é Marinho) e que se não for uma medalha de ouro fica por lá bem próximo.
A presença de Mulheres Monteiras fez-se também notar, o que enriquece sempre um evento desta natureza, tendo destaque especial a Andreia Catarina.
Figura de relevo foi também a do “Eng.º das navalhas” que este ano nos acompanhou na visita à casa do Sr. Luís Polido e no desmanchar dos javalis. Ele e mais o amigo João Ramiro “fartaram-se de trabalhar”. Esforço altamente apreciado e reconhecido pelo nosso Grupo.
A montaria foi precedida por um esclarecedor discurso do seu Director Pedro Delgado que em breves palavras apelou para o cumprimento das normas fixadas, da segurança, para o espírito desportivo e pela ética. No regresso o almoço foi servido numa sala repleta de gente da caça.
Enquanto observava aqueles caçadores, que ali conviviam em franca amizade, questionava-me sobre o futuro da actividade cinegética a breve prazo, com todas as dificuldades económicas e financeiras porque passa o País e perante as exigências da nova Lei das Armas. Antevejo um futuro muito negro para um sector que quando vivido com ética e segurança é muito enriquecedor.
No dia que se seguiu, e na mesma zona, eu e o Cremildo fomos caçar aos tordos com os “profissionais” Ricardo, João Ramiro, Salgueiro e António Tomás. Segundo estes especialistas o ano está a ser fraco e a culpa é do clima, que está a mudar em todo o mundo, da pressão a que estas aves são sujeitas nos Países onde iniciam a Migração e por onde vão passando antes de chegarem a Portugal, obrigando os tordos a alterar rotas e comportamentos.
Confesso que este tipo de caçada nunca me atraiu muito, já que, para mim, caça que não meta cães é meia caçada, isto não significa que não tivesse apreciado a mestria e a arte de caçar destes nossos amigos e anfitriões.
É impressionante como, com um assobio, trazem eles o tordo lá do alto quase até aos canos da espingarda.
Não era ainda bem meio-dia e para desespero do amigo Tomás já estávamos a abalar para o magnifico almoço de javali que referi. O Tomás bem pregava que estávamos a ir-nos embora na melhor hora - e o Salgueiro bem os derrubava, mas trocar aquele “melrinho”, por um almoço de javali não foi uma decisão difícil, que me perdoe o amigo Tomás (um companheiro formidável).
No fim do almoço ainda tivemos tempo para visitar a igreja de Mós-do-Douro (com um altar em talha de madeira muito bem trabalhada) e tomar um café no estabelecimento local (que o Cremildo muito gosta de visitar) que nos manteve bem acordados até Mação e depois até Lisboa de onde regressamos aos nossos Açores.
Até para o ano Mós-do-Douro e amigos romeiros desta caçaria, isto se a Troika nos deixar regressar para o ano. Se não até um dia qualquer!
Açores 6 de Fevereiro de 2012
Gualter Furtado
O evento, que reúne caçadores de todo o País e de amigos de Mós-do-Douro, já faz parte do património humano, da cinegética nacional e é uma autêntica romaria a um dos locais mais típicos do País onde somos sempre muito bem recebidos e acarinhados pelo Ricardo, Ramiro, Rui, Luís Polido, Presidente da Junta de Freguesia, entre outros.
É claro que a caçada é também um bom pretexto para este reencontro, para saborearmos a fabulosa gastronomia local e encantarmos a vista com a beleza extraordinária que o Douro proporciona a quem com ele se depara.
Este ano fiz-me acompanhar do meu companheiro de sempre o Cremildo Marques, mais conhecido por “Barbas”, e do grande caçador Dr. António Tomás (industrial da famosa fábrica Santana que ao longo dos anos vem produzindo belíssimos azulejos e painéis que muito valorizam o património nacional - mandou fazer um azulejo comemorativo desta Montaria).
O Cremildo com a sua boa disposição e no desempenho de leiloeiro dos javalis cobrados tem constituído uma forte mais valia para a Organização já que os porcos leiloados por ele rendem sempre mais.
Á nossa parte arrematamos 2 porcos (1 pequeno e outro médio) para ajudarmos a Organização e para fazermos um almoço de Javali, que levamos a cabo no dia seguinte, magistralmente cozinhado pelo Luís Polido e sua esposa, que também acabamos por partilhar com o Sr. que teve a amabilidade de nos alojar no anexo das antigas instalações do caminho de ferro de Mós-do-Douro. Ainda sobraram uns pedaços para serem confeccionados em futuros encontros de amigos caçadores.
O dia esteve magnifico, isto depois de um “frio de rachar pedras”, e os cerca de 116 Monteiros, acompanhados por 16 Matilhas, cobraram 16 Javalis, com alguns bons exemplares como o que foi cobrado por um Monteiro sénior (julgo que o seu nome é Marinho) e que se não for uma medalha de ouro fica por lá bem próximo.
A presença de Mulheres Monteiras fez-se também notar, o que enriquece sempre um evento desta natureza, tendo destaque especial a Andreia Catarina.
Figura de relevo foi também a do “Eng.º das navalhas” que este ano nos acompanhou na visita à casa do Sr. Luís Polido e no desmanchar dos javalis. Ele e mais o amigo João Ramiro “fartaram-se de trabalhar”. Esforço altamente apreciado e reconhecido pelo nosso Grupo.
A montaria foi precedida por um esclarecedor discurso do seu Director Pedro Delgado que em breves palavras apelou para o cumprimento das normas fixadas, da segurança, para o espírito desportivo e pela ética. No regresso o almoço foi servido numa sala repleta de gente da caça.
Enquanto observava aqueles caçadores, que ali conviviam em franca amizade, questionava-me sobre o futuro da actividade cinegética a breve prazo, com todas as dificuldades económicas e financeiras porque passa o País e perante as exigências da nova Lei das Armas. Antevejo um futuro muito negro para um sector que quando vivido com ética e segurança é muito enriquecedor.
No dia que se seguiu, e na mesma zona, eu e o Cremildo fomos caçar aos tordos com os “profissionais” Ricardo, João Ramiro, Salgueiro e António Tomás. Segundo estes especialistas o ano está a ser fraco e a culpa é do clima, que está a mudar em todo o mundo, da pressão a que estas aves são sujeitas nos Países onde iniciam a Migração e por onde vão passando antes de chegarem a Portugal, obrigando os tordos a alterar rotas e comportamentos.
Confesso que este tipo de caçada nunca me atraiu muito, já que, para mim, caça que não meta cães é meia caçada, isto não significa que não tivesse apreciado a mestria e a arte de caçar destes nossos amigos e anfitriões.
É impressionante como, com um assobio, trazem eles o tordo lá do alto quase até aos canos da espingarda.
Não era ainda bem meio-dia e para desespero do amigo Tomás já estávamos a abalar para o magnifico almoço de javali que referi. O Tomás bem pregava que estávamos a ir-nos embora na melhor hora - e o Salgueiro bem os derrubava, mas trocar aquele “melrinho”, por um almoço de javali não foi uma decisão difícil, que me perdoe o amigo Tomás (um companheiro formidável).
No fim do almoço ainda tivemos tempo para visitar a igreja de Mós-do-Douro (com um altar em talha de madeira muito bem trabalhada) e tomar um café no estabelecimento local (que o Cremildo muito gosta de visitar) que nos manteve bem acordados até Mação e depois até Lisboa de onde regressamos aos nossos Açores.
Até para o ano Mós-do-Douro e amigos romeiros desta caçaria, isto se a Troika nos deixar regressar para o ano. Se não até um dia qualquer!
Açores 6 de Fevereiro de 2012
Gualter Furtado
Texto e foto da autoria de Gualter Furtado