14 de novembro de 2007

Licença Para Caçar do Ano de 1964

Trata-se da licença para caçar, que a Câmara Municipal de Vila do Porto cedeu a meu pai em 1964.

Hoje, é concedida pelos serviços florestais deste concelho e note-se que era válida em todo o país, sendo actualmente organizada em "Ilha","Regional" e "Nacional", não podendo a de "Ilha" caçar noutra ilha do arquipélago, que não a de emissão, e à "Regional" caçar no continente ou na madeira, sendo apenas válida para os Açores.

12 de novembro de 2007

Dois Cães

Relembro dois cães que, nas décadas de 50 e 60, do século XX, palmilharam os terrenos de caça de Santa Maria, dando a tiro muitas perdizes, codornizes e coelhos que o meu avô e o meu pai umas vezes faziam o favor de acertar e outras falhar...

Da perdigueira, acima, adquirida a um oficial da força aérea dos Estados Unidos, em serviço na base, aqui existente à data dos factos, recordo uma multa, de 480$00, que meu pai teve que pagar na Esquadra da PSP do Aeroporto - isto em 1962 -, por ter parado algumas perdizes destinadas ao director do aeroporto.

Sobre esta "aventura", há cerca de 10 anos, tive a oportunidade de ler o auto de transgressão, manuscrito ainda, e com muita pena minha não me lembrei de solicitar uma cópia, afinal também faz parte destas recordações.

11 de novembro de 2007

Álbum de Fotografias

O meio de transporte tem sofrido enormes alterações desde a invenção da roda, mas nenhuma foi tão significativa como a que ocorreu no séc. XX e o mesmo aconteceu com as idas e vindas das jornadas de caça ao longo da história.

As fotografias retratam o MG TC Midget, de 1947, e o motociclo do fabricante BSA, de 500cc, que conduziram o meu pai nas suas expedições venatórias por esta ilha de Gonçalo Velho, até aos inícios da década de 70, da última centúria.



Ao lado, e abaixo, está retratado o meu avô com o Morris e o Ford, respectivamente.











Actualmente estão em voga os veículos todo-terreno, de vários modelos e feitios, mas certamente, e concordará o leitor comigo, sem a classe e o estilo doutros tempos.

5 de novembro de 2007

Abertura Novembro de 2007

Ontem, finalmente, celebrou-se a abertura geral da caça que nos permite exercer o acto venatório em toda a ilha. Assim ditou o calendário para o dia de ontem.

Escusado será dizer que a noite de véspera foi muito mal dormida e que, apesar de saber de antemão com que condições climatéricas nos iamos deparar, a chuva que caia pelas 22H00, não me deixava sossegar e apesar de ter colocado o despertador para as 05H15, muito antes já me encontrava a pé e reforçado o quebra jejum.
Quando saí, o céu encontrava-se escuro, coberto e carregado, quase a sufocar não fosse o vento moderado, de leste, que se fazia sentir, por vezes com rajadas. O panorama não era animador, pois havia chovido durante a noite e o vento era novo.

No dia anterior estacionei o atrelado em frente ao canil, pelo que os cães, adivinhando uma data especial, também me esperavam com ansiedade. Não levei a Giesta nem a filhota, que fará no dia 7 três meses, porque esta última desenvolveu uma técnica que lhe permite transpor a rede do canil sem muita dificuldade, bastando-lhe meter a cabeça e rodar as patas traseiras. Pensei que se levasse a mãe, teria vontade de nos perseguir, o que não seria do meu agrado, nem tão pouco prende-la. A minha mulher, no regresso, disse-me que a Giesta havia uivado o que lhe tinha parecido estranho, pois nunca o tinha feito...

Chegados ao local pré-estabelecido, ainda escuro e frio, ameaçando chuva, procurámos por coelhos e acabámos por confirmar os nossos receios, que já eram certos, mas, mesmo assim, esperamos convictos e esperançosos, pelas 08H00.
Ouvimos um tiro 5 min antes e o primeiro cerca de 10 minutos depois.
A estouraria que caracteriza o dia não se realizou e os disparos eram poucos, dispersos e espaçados. Em duas horas não ouvimos nenhum e dois caçadores de espreita passaram por nós, de regresso, a zero!
Quem diz que há coelhos é tolo ou mentiroso, apesar de sabermos que naquelas condições vêem-se poucos, mas nunca tão poucos!

Apesar de termos atingido o limite -10/2-, sabemos de grupos que não conseguiram e dos que se dedicam á espreita foram menos ainda.

Fomos devidamente fiscalizados a meio da manhã e com agrado verificamos o detector de chips em funcionamento. Uma mais valia!

Satisfeitos, arrumámos as escopetas por volta das 12H00, com a conta feita e muito cansaço, mas não se iluda o leitor, porque nem por isso deixamos de sentir preocupação e apreensão com a falta de coelhos, que já é muito grave e com o pouco, ou mesmo nenhum esforço realizado para evitar ou minorar esta situação degradante. É revoltante!

Á Polícia Florestal desejamos um bom trabalho e a todos os caçadores responsáveis e cumpridores votos de uma excelente abertura!

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