20 de junho de 2016

Avaliação recente nos Açores sobre o impacto da nova Variante da Hemorrágica no Coelho Bravo (conclusão)

Em relação ao futuro do coelho bravo estou deveras desiludido.
Fui à sessão promovida no passado dia 15 de Junho pelos Serviços Florestais dos Açores sobre o coelho bravo,  com a participação dos investigadores Pedro Esteves e David Gonçalves, do CIBIO, e o Eng.º Manuel Leitão e a Engª Anabela Isidoro (Diretora) dos Serviços Florestais.
Conclusão dos trabalhos apresentados: Santa Maria e Flores são dois casos perdidos, à beira da extinção do coelho bravo…
Na Ilha Terceira a situação está razoável e  nas outras Ilhas estamos  próximo do alerta vermelho...
Segundo eles, a partir de 2025 o coelho bravo estará à beira da extinção na Península Ibérica, isto porque esta nova variante do vírus hemorrágico mata todos os coelhos novos, e não há renovação do stock existente... Por exemplo, existirem muitos láparos nos picos da reprodução, segundo estes Investigadores, não quer dizer nada, nem é sinónimo de mais coelhos no futuro, porque existe uma grande mortandade nos láparos. Está-se a caçar é o stock existente dos coelhos que resistiram ao vírus, mas os seus descendentes podem ser afetados.
Nos Açores, e segundo estes cientistas, a densidade de coelhos bravos, quando “apareceu” esta nova variante da Hemorrágica, era maior do que no Continente, logo o processo de razia na dinâmica da população do coelho bravo será mais lento nos Açores e isto se o vírus tiver o mesmo efeito cá que está a ter no Continente e no Sul de Espanha. 
Ainda segundo estes cientistas, Vacinas não há, sobretudo com eficácia para o coelho bravo e os repovoamentos são de todo desaconselháveis , em síntese, só nos resta rezar, ter o máximo cuidado na recolha de coelhos mortos, fortalecer a nossa ligação com a ciência e esperar que o clima nos Açores e o tempo se encarreguem de produzir anti corpos nos coelhos bravos face à atual variante da hemorrágica. É que às vezes a natureza encarrega-se de dar a volta à “ciência”, embora não tenha certeza que desta vez será mesmo assim.
Entretanto, aguardamos os resultados dos Inquéritos levados a cabo pelo Ministério Público com o objectivo de apurar a origem da introdução nos Açores desta nova variante da Hemorrágica.

Gualter Furtado  

17 de junho de 2016

Ponta Delgada a Capital da Caça

Cerca de 70 Confrades da Academia Gastronómica e Cultural da Caça, incluindo o seu Mestre Principal  o Dr. Arlindo Cunha e o seu Grão Mestre, o Dr. José Lemos de Carvalho, deslocaram-se à Ilha de São Miguel para realizar a sua Assembleia Geral e entronizarem alguns Açorianos que se tem destacado na defesa da caça com desportivismo e ética e do património cultural e gastronómico Micaelense e Açoriano, como são os casos do Gualter Furtado, José Manuel Bolieiro, Ricardo Rodrigues e António Cavaco.
A cerimônia da entronização decorreu Domingo passado, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Ponta Delgada, e foi precedida de uma palestra efetuada pelo António Cavaco que abordou o tema da Gastronomia na História dos Açores e as suas influências Atlânticas e do Mediterrâneo.
Os Acadêmicos presentes na Ilha fizeram questão de participar também numa Missa, na Igreja de São Sebastião, onde foram recebidos pelo Padre Nemésio.
O Patrono dos caçadores é o Santo Huberto que está sempre presente no espírito e na prática venatória.
Pela dimensão e qualidade deste evento a Ilha de São Miguel foi neste fim-de-semana de 10 a 12 de Junho a capital da Caça em Portugal.

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