A época
da caça às Galinholas de 2014 já abriu nos Açores.
Cada
Ilha em que é permitida a caça a esta espécie cinegética nobre tem o seu
calendário venatório próprio, possuindo em comum que todos começam no mês de
Outubro, mas terminam em Novembro ou Dezembro consoante a Ilha em causa.
A caça
à Scolopax rusticola nas Ilhas Açorianas só pode ser exercida aos Domingos,
durante um período limitado de horas, e o número de espécies cobradas varia
entre duas a três Galinholas por caçador.
O
processo de caça só pode ser de salto e com cão de parar.
De referir que as Galinholas nos Açores são sedentárias, exigindo pois uma
gestão muito cuidada para garantir a sua sustentabilidade. Os
principais inimigos da Galinhola são os predadores (cães abandonados e gatos) e
principalmente a mudança do habitat. O meio
ambiente onde habita a Galinhola é normalmente de difícil acesso e está
intimamente ligado com a flora endémica dos Açores. A sua destruição significa
um duro golpe na história e na vida do Arquipélago que ainda é um dos mais
puros do Globo.
A
título de curiosidade a foto foi tirada exactamente na linha da fronteira
mais a Ocidente da Europa.
A
"pedra" (Ilhéu de Monchique) que se vê no mar deu origem à expressão portuguesa
"emigrar a salto", pois era utilizada no século passado na emigração
clandestina para os Estados Unidos da América, aproveitando os navios que
passavam ao largo da Ilha das Flores, na travessia do Atlântico.
Texto e foto da autoria de Gualter Furtado