22 de fevereiro de 2015

Pombo-torcaz-dos-Açores

O Pombo-torcaz-dos-Açores (Columba palumbos azorica) desde 1993 que é considerado no Arquipélago dos Açores uma espécie incluída na Diretiva das Aves, com o estatuto de ave protegida, e abrangida pela Conservação das Aves Selvagens. Logo a caça a esta espécie está proibida nos Açores.
O Pombo-torcaz é o pombo com maior envergadura na Europa e os que habitam e se reproduzem nos Açores são mesmo tidos pelos estudiosos das aves como uma subespécie endémica do Arquipélago.
É uma ave de grande porte, muito bonita e que tem como habitat privilegiado as matas coníferas embora nos últimos anos seja frequente a sua presença nos jardins das cidades da Europa, inclusive nos mais importantes núcleos urbanos dos Açores.
Nos anos mais recentes devido à expansão desta bonita ave levantam-se muitas vozes, incluindo de caçadores, sendo que alguns são mesmo meus amigos e companheiros de caça,  a defenderem que se deveria abrir a caça ao Pombo-torcaz, e isto como forma de minimizar os prejuízos que esta espécie estaria a provocar na agricultura.
O caminho nos Açores não deve ser este, mas sim indemnizar os prejuízos eventualmente causados pela espécie e elucidar e ajudar os agricultores para que adotem medidas naturais e ambientais de proteção das suas produções agrícolas.
Sabemos que, por exemplo, na Ilha do Pico andam a envenená-los, o que é considerado um crime, mais um que está a ser cometido nestas nossas Ilhas.
A abertura da caça a esta espécie significaria um retrocesso na nossa civilização e municiaria os grupos anti caça de mais um argumento poderosíssimo no combate à caça e aos caçadores.

Texto e fotografia da autoria de Gualter Furtado

Gualter Furtado, um dos caçadores vivos  dos Açores que mais Pombos-torcazes cobrou nos Açores e em Portugal.
A foto é de um borracho de Pombo-torcaz-dos-Açores, captada pelo autor numa mata da Ilha de São Miguel.