O macho pode ter várias fêmeas que têm a capacidade de reproduzir em qualquer altura do ano, caso ocorram condições favoráveis de clima e alimentação. Também delimita o território da colónia e é o responsável por expulsar os intrusos.
O início da actividade reprodutiva é regulado pela rebentação da vegetação anual nos fins de Outono e determinada pela disponibilidade de alimento. De igual modo as alterações de temperatura e de precipitação regulam o final desse comportamento.
Poderá atingir números elevados de 10 em 10 anos, em função do ciclo de tempestades solares, que condicionam o desenvolvimento da vegetação na Terra.
As tocas para os partos, normalmente situadas próximas da colónia, chamam-se Luras e encontram-se a uma profundidade de 50cm a 1m. São construídas dias antes dos nascimentos, cuja preparação é da responsabilidade das fêmeas que cobrem o fundo com folhas secas, pêlos, que arrancam do seu próprio ventre, e musgo, deixando o solo donde o retira a descoberto e marcado pelas unhas. Estes sinais devem ser entendidos pelo caçador como uma informação de que devem mudar de local de caça.
As crias, denominadas por Láparos, permanecem na lura 19 a 21 dias. Findo este período passam-se paras as tocas da colónia. Seis meses após o nascimento tornam-se adultos.
Em média as fêmeas realizam 3 a 5 partos por ano e a ninhada pode ser constítuida por 1 a 5 láparos, que nascem cegos, surdos e sem pêlo, com cerca de 60grs cada.
Num ano normal, cada fêmea poderá gerar 15 a 20 láparos.
O coelho é um animal muito sensível ao frio e à chuva, que quando cai em abundância e inunda as tocas, acaba por provocar amorte a muitas crias.